Examinando por Autor "Pereira Guerra, Amanda Maria"
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Publicación Mulheres na Engenharia Mecânica: Um estudo sobre a importância do empoderamento na área(Universidad Nacional de Educación a Distancia (España), Universidad de Concepción - Chile. Departamento de Ingeniería Mecánica, 2024-10-22) Pereira Guerra, Amanda Maria; Carneiro Tomás, Andrezza Carolina; Gonçalves de Souza, Andréa; Nunes Silva, Héber ClaudiusDurante séculos, foi imposto às mulheres o papel de cuidar da casa e dos filhos. As poucas que trabalhavam eram viúvas ou solteiras e o faziam apenas para o próprio sustento — e, claro, sob constante discriminação e desvalorização da sociedade. No entanto, no Brasil, tal cenário começou a mudar significativamente ao longo do século XX. Em meio ao avanço industrial no país, as mulheres foram conquistando um espaço maior no mercado de trabalho. Apesar de a Constituição ter estabelecido que o sexo não deveria distinguir o salário, a carga horária ou a demissão de um funcionário, sabemos que não foi bem assim, e que até hoje, pleno século XXI, ainda há essa distinção salarial. Afinal, embora a mão de obra feminina fosse muito necessária nas fábricas, os homens continuavam a receber salários maiores e eram os principais responsáveis por sustentar a casa. Ou seja, as explorações, desigualdades e desafios enfrentados pelas mulheres perduraram por um bom tempo e seguem até hoje. Apesar de todas as marcas do passado que se refletem no presente e futuro é importante entender o papel da igualdade dentro da sociedade e ainda mais no ramo da engenharia para que seja possível construirmos um futuro cada vez mais igualitário. A igualdade entre indivíduos é fundamental em qualquer ramo da sociedade. Seja ele político, econômico ou social. No Brasil, as mulheres representam 51,5% do país, estudam mais que os homens, têm recebido aumento salarial significativo nos últimos anos, mas ainda assim não ocupam a maior porcentagem de cargos de destaque seja na indústria ou política e recebem menos 20,7% que os homens (FONTE: BRASIL. Ministério do Trabalho). Infelizmente, a sociedade tem um preconceito de que a Engenharia é uma área majoritariamente masculina. Isso não é um total mentira, mas está mudando aos poucos. Segundo o Sistema CONFEA/CREA e MÚTUA, apenas 15% dos cadastros no Sistema são de mulheres. Além disso, dentro dos conselhos, somente 12% dos integrantes é do sexo feminino. A fim de contribuir com a equidade de gênero, este projeto foca no estudo, estímulo e incentivo para que pessoas que se identificam com o gênero feminino ingressem nas engenharias, com ênfase na engenharia mecânica, uma área tradicionalmente dominada por homens. De forma acessível e transparente, apresentamos detalhamentos sobre as diferentes áreas, carreira acadêmica, pesquisas e mercado de trabalho, destacando a importância de ocupar esses espaços. O projeto foi cuidadosamente planejado e pesquisado para alcançar o sucesso nos objetivos propostos. Durante um ano, reunimos mais de 500 meninas de escolas públicas, oferecendo workshops, palestras e rodas de conversa sobre as diversas áreas de atuação e o mercado de trabalho. Esses eventos proporcionaram trocas de perspectivas, permitindo que as participantes comparassem suas visões antes e depois de terem acesso ao conhecimento e incentivo nas áreas de engenharia, especialmente na mecânica, e ao vasto leque de oportunidades que ela oferece. Em resumo, o projeto “Mulheres na Mecânica: Promovendo seu Acesso” não busca apenas despertar o interesse das mulheres e coletar dados sobre isso, mas também garantir a criação de um espaço de discussão e desenvolvimento. Esse espaço visa capacitar e motivar pessoas que se identificam com o gênero feminino a ingressar nesse campo, ao mesmo tempo em que estuda o impacto positivo desse empoderamento na área.